RS vai publicar medidas para evitar problemas causados pelo 2,4-D


pulverizador defensivo agrotóxico

A decisão foi divulgada nesta quinta, dia 4, em encontro entre representantes da Secretaria da Agricultura, Farsul e fabricantes do herbicida

O governo do Rio Grande do Sul estuda uma série de medidas para solucionar os problemas causados pela aplicação do herbicida 2,4-D em 22 municípios. Nesta sexta, dia 5, devem ser publicadas duas instruções normativas que fazem parte do pacote.

A primeira IN estabelece um Termo de Conhecimento de Risco e Responsabilidade, na receita agronômica que prescreve a aplicação de produtos agrotóxicos hormonais. O documento terá pré-requisitos, como condições meteorológicas e equipamento adequado.
O texto também prevê o desenvolvimento, pelas empresas, de folhetos informativos contendo alertas sobre essas condições e riscos e prejuízos da deriva dos produtos caso não sejam observados os pré-requisitos, além de promover treinamento aos produtores acerca do tema.
A outra IN diz respeito ao regramento para cadastro dos aplicadores de produtos agrotóxicos hormonais e a necessidade do produtor prestar informações sobre a aplicação desses produtos
Os textos foram assinados pelo Secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Luis Antonio Franciscatto Covatti, e serão publicadas no Diário Oficial do Rio Grande do Sul.

Discussão ampla sobre o tema

Representantes da Secretaria da Agricultura, Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e um grupo de fabricantes do herbicida se reuniram nesta quinta, dia 4. No encontro, foi discutida também a criação, pelas empresas, de um fundo com o objetivo de garantir a eficiência no controle do 2,4-D.
A partir de orçamentos que incluem melhorias nas estações meteorológicas no estado, pacote de análises multi resíduos incluindo o 2,4-D, contendo todo o processo de coleta, cadeia de custódia e produção do laudo, para todo o RS e a melhoria e qualificação dos sistemas de informática da Secretaria do Meio Ambiente para interligá-los e proporcionar um monitoramento efetivo chegou-se ao valor aproximado de R$ 6 milhões, a serem reunidos junto às indústrias que constam no inquérito.
Os representantes das empresas terão que informar, até o dia 5 de agosto próximo, como será feito o rateio dos valores que irão compor o fundo.
Por fim, o Ministério Público deu um prazo para que a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural reanalise a possibilidade de editar instruções normativas que tratem do cadastro das culturas no estado e da venda assistida desse produtos.

Rio Grande do Sul pode produzir uma safra recorde de soja, diz Emater


soja plantio rondonia chupinguaia

Segundo o presidente da entidade, a produtividade maior e o clima favorável podem ajudar os agricultores nesta temporada
O Rio Grande do Sul pode produzir até 19,7 milhões de toneladas de soja na safra 2019/2020. ou seja 3% a mais
que as 19,1 colhidas na temporada passada, no qual o estado se tornou o 2º maior produtor do grão no país.
A previsão foi realizada pela Emater-RS, durante a Expointer, que acontece em Esteio. Na ocasião, o presidente da entidade, Geraldo Sandri, afirmou a Agência Safrasque a expectativa climática é favorável e isso pode favorecer o ganho em produtividade no estado.
“O que chama a atenção em nossas estimativas é o aumento da produtividade. A soja é nossa cultura líder, pois ela traz divisas, melhora o PIB e é o grande puxador da economia, com preços muito bons. E por isso prevemos que é possível bater o recorde esse ano. Por enquanto o clima é favorável e a perspectiva é boa em relação a ele, mas sabemos que isso sempre pode mudar”, diz.
Para a Emater-RS o estado deve plantar 5,9 milhões de hectares, ante as 5,7 milhões da temporada anterior, consolidando a chance de o estado bater o recorde na produção. “É importante os agricultores também terem um seguro rural, fazer vendas no mercado de opções, garantindo assim uma boa receita”, diz Sandri.

Carne suína: importações da China podem crescer 60%, diz Safras

Segundo o USDA, o surto de peste suína africana na Ásia e em parte da Europa pode diminuir a produção chinesa em 12%

A produção de carne suína na China deve cair quase 12% em 2019, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Com isso, o país produzirá 48 milhões de toneladas da proteína ante mais de 54 milhões de toneladas do ano passado.


Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado, comenta que o Brasil deve ser um dos maiores exportadores de carnes, após o surto de peste suína africana na Ásia e em parte da Europa. Segundo o especialista, as compras de carne suína pela China podem crescer até 60%.


Prevenção para melhor produtividade



O período e as decisões nele tomadas são essenciais para o atingimento de altas produtividades
É no vazio sanitário que os sojicultores brasileiros iniciam a preparação para a próxima safra de soja, definem a compra de insumos e traçam as estratégias de plantio, manejo, colheita e comercialização. Sempre pensando na quantidade e qualidade do produto final. O período e as decisões nele tomadas são essenciais para o atingimento de altas produtividades. 
De acordo com Rodrigo Burci, consultor de Marketing Soja Brasil da BASF, a escolha de variedades adaptadas é um dos pontos mais importantes para o aumento do rendimento, já que a produtividade média de soja no país está estacionada em 50 sacas por hectares há alguns anos. “A questão é que não adianta optar por cultivares que tenham apenas alto potencial produtivo. Eles precisam, também, de qualidade.
Isso a BASF oferece com as sementes Credenz® e SoyTech®”, ressalta Burci, exemplificando: “Sementes Credenz® têm poder de germinação e de vigor altíssimo, com excelente possibilidade de desenvolver a população final de plantas que preciso”. E para garantir que essa semente tenha a oportunidade de manifestar todo o seu potencial, Burci recomenda o tratamento industrial com o Standak® Top, inseticida e fungicida com a função de blindar as sementes contra o ataque de pragas e doenças de solo que interferem no processo de germinação e desenvolvimento das plantas.
O monitoramento de doenças é outro passo fundamental para o sucesso da produtividade. Por isso o consultor da BASF reforça que o sojicultor não deve se programar com foco em apenas uma ou outra doença, mas no complexo. “Não dá para dizer que temos uma doença de forma isolada que impacta mais ou menos no desenvolvimento da lavoura. É a soma dos prejuízos causados por todas elas que resulta em quebra de produção. Se o produtor focar em apenas uma, a chance de perder por outra é muito grande. ” 
A ocorrência e a severidade vão depender muito das condições climáticas. Alta temperatura e umidade são propícias para o desenvolvimento de doenças fúngicas. As aplicações preventivas de fungicidas auxiliam o produtor no alcance por altas produtividades, e é a orientação da BASF, lembrando de fazer a rotação de grupos químicos a fim de preservar as tecnologias disponíveis no mercado.
“É preciso que o produtor esteja ciente dos perigos do aparecimento da resistência das doenças aos fungicidas. Colocar no mercado uma nova molécula demanda muita dedicação, investimento e cerca de dez anos de trabalho em pesquisas.
Então, o ideal é protegermos os princípios ativos que temos hoje”, comenta Burci, destacando que a proposta da BASF é ajudar o agricultor a produzir mais e melhor. Nesse sentido, a empresa recomenda sempre a utilização de fungicidas multissítios associados aos de sítio específico. “Hoje temos em nosso portfólio cinco grupos químicos utilizados no manejo de doenças da soja – triazol, estrobilurina, carboxamida, morfolina e o multissítio – então o agricultor tem opções para manter a sanidade da lavoura”, finaliza o especialista.
Soluções BASF para a Soja
Credenz® – Sustentada por três pilares – mais qualidade por semente, mais tecnologia por hectare e mais soluções –, a marca de sementes tem poder de germinação e de vigor altíssimo, com excelente possibilidade de desenvolver a população final de plantas.
SoyTech® – Libera todo o potencial produtivo da soja por conta da tecnologia LibertyLink®, que reduz a matocompetição. Quando utilizada em rotação com opções BT, possibilita o refúgio e protege a longevidade das duas tecnologias.
Standak® Top – Oferece proteção do potencial genético das sementes de soja. O produto tem funções múltiplas e complementares no seu efeito inseticida e fungicida, blindando as sementes contra o ataque de pragas e doenças de solo que interferem no processo de germinação e de plântulas em desenvolvimento na lavoura.
Uso exclusivamente agrícola. Aplique somente as doses recomendadas. Descarte corretamente as embalagens e os restos de produtos. Incluir outros métodos de controle do programa do Manejo Integrado de Pragas (MIP) quando disponíveis e apropriados. Standak® Top está devidamente registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sob o número 01209.

Governo altera regras para Seguro Rural de 2020

Em mais um capítulo da guerra comercial entre EUA e China, Trump adia aplicação de novas tarifas sobre produtos produzidos pelo país asiático

As novas regras para o Programa do Seguro Rural foram anunciadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As alterações no regulamento valerão a partir do primeiro dia de 2020.
“Entre as principais mudanças no programa de seguro está a elevação do percentual de subvenção aos prêmios de culturas importantes como as culturas de inverno, frutas, hortaliças, além das modalidades que também vão sofrer alterações no mercado pecuário, aquícola e de florestas. Então, temos a subvenção como destaque, no caso de culturas consideradas de agriculturas: o trigo e o milho de segunda safra. Eles terão 35 ou 40% de subvenção, dependendo do tipo de cobertura contratada. Isso já é um grande avanço para o setor.”
Após 18 meses do julgamento, o STF publicou nesta semana o acórdão com relação ao Código Florestal. O código estabelece normas para a proteção da mata, parâmetros para reservas entre outras questões. 
“É importante dizer que em fevereiro do ano passado o plenário do STF reconheceu a validade de diversos dispositivos do código, e para fundamentar a decisão, o STF considerou que ‘a capacidade dos indivíduos de desestabilizar o conjunto de recursos naturais que lhes fornece a própria existência tem gerado legítimas preocupações que se intensificaram no último século’. Isso quer dizer que, de fato, que todos aqueles setores, de uma forma geral, tem tomado medidas efetivas para garantir os recursos naturais e a preservação do meio ambiente.”
Agora falando sobre a economia mundial, a guerra comercial entre China e Estados Unidos segue sem solução. Depois de anunciar uma taxa de US$300 bilhões sobre os produtos chineses, Donald Trump resolveu adiar essa cobrança para dezembro. 
“Isso foi uma boa notícia, e acabou puxando as commodities de um modo geral para cima em um dia importante, aumentou o apetite ao risco por parte dos investidores. O Donald Trump informou que a taxação de 10% sob os US$ 300 bilhões em produtos chineses vai passar a vigorar em dezembro, contrariando ao anúncio anterior, em que havia estabelecido que entraria em vigor em setembro. Isso acabou sendo uma coisa positiva porque a China poderia responder com um sinal de boa vontade, retomando as conversas e negociações com os Estados Unidos, e quem sabe, fazendo novas compras no mercado agrícola norte-americano.”
A Secretaria de Comércio Exterior divulgou um dado em que apresenta a menor quantidade de maçã importada nos últimos seis anos. 
“Em partes, essa baixa pode ter sido uma combinação de menores fornecimentos do Chile e da Argentina, que são alguns dos principais exportadores de maçã do Brasil, já que o setor nos dois países passou por bastante dificuldade. Além disso, os bons preços internamente também seguraram a fruta no mercado interno dos dois países, deixando menos espaços para que as maçãs fossem exportadas. Aqui no Brasil também tivemos bons preços dessa fruta e isso ampliou o mercado, ao contrário do que aconteceu com as importações, e o consumo de maçã brasileira no Brasil aumentou.”

PROGRAMA AGRO EM FOCO DE HOJE TRATA SOBRE A ORIZICULTURA

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PROGRAMA AGRO EM FOCO DESTE DIA 24 DE AGOSTO SERÁ VOLTADO AO ARROS
ESTAREI RECEBENDO O COORDENADOR DO NAT DE SÃO VICENTE DO SUL SENHOR ALESSANDRO E TAMBÉM O PROFESSOR DO IFFARR JOSÉ ALEXANDRE MACHADO ZANINE

Com vendedores retraídos, preços da soja sobem



Valorização do dólar frente ao Real atraiu compradores externos

Sojicultores consultados pelo Cepea estão retraídos nas vendas envolvendo grandes lotes de soja. Parte dos vendedores prefere enviar a oleaginosa para o porto em detrimento do mercado doméstico, favorecido, inclusive, pelo transporte de retorno com adubo entre o porto e as regiões produtoras.
Além disso, a valorização do dólar frente ao Real atraiu compradores externos. Os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ Paraná avançaram 2,4% e 1,2%, respectivamente, entre 9 e 16 de agosto, fechando a R$ 85,62 e a R$ 78,53/sc de 60 kg no dia 16.
A retração vendedora se deve aos baixos estoques de soja. Segundo dados do USDA, a relação estoque/consumo final deve ter queda de 15,77% na atual temporada (até set/19), o menor volume desde a safra 2015/16. 

Como colher 80 ou mais sacas de soja por hectare



A busca pelas 80 sacas de soja por hectare é um grande desafio do produtor brasileiro. 

Existem vários fatores relacionados que podem influenciar nesse número. Dificuldades inerentes ao início da safra, problemas com estiagem, furo na lavoura, enfim, sempre tem algum fator do clima ou algum outro que traz certa dificuldade na produtividade.

Quando se pensa em altas produtividades na cultura da soja, automaticamente o manejo de doenças é algo que deve ser priorizado. Muitas vezes o senso comum de economizar na compra de produtos para aplicar na lavoura acaba saindo caro. Ao iniciar um programa de controle com produtos mais baratos, e que muitas vezes não entregam o resultado esperado, a produtividade é diretamente afetada e aquelas 80 sacas planejadas acabam se tornando 60 ou menos. 
Como é possível mudar essa situação?
O Elevagro listou cinco fatores primordiais quando se pensa no manejo de doenças:
1.    Qual doença você quer controlar?
Parece óbvio, mas é preciso ter conhecimento daquilo que se deseja combater. Se trata de manchas? Antracnose? Ferrugem? Macha-alvo?  Enfim, qual o meu problema? 
2.    Qual produto devo utilizar?
Assim que diagnosticado o problema, é hora de escolher a melhor forma de manejo. Os fungicidas são relativamente específicos, portanto é importante saber exatamente com o que estamos lidando para realizar um programa de controle eficiente.
3.    Como devo aplicar?
Deve-se pensar em fatores como a quantidade mínima de produto depositada sobre cada folha, a melhor hora do dia para aplicação e qual o volume de calda ideal.
4.    Programa de aplicação 
Planejar os intervalos de pulverizações, que devem começar no vegetativo, seguir na reprodução, terminando apenas na maturação.
5.    O quinto fator, fundamental para a produtividade na soja, será debatido no dia 20 de agosto às 19h na palestra online gratuita, oferecida pela DigiFarmz e Elevagro, ministrada pelo CEO do Phytus Group, Ph. D. Ricardo Balardin. As vagas são limitadas. 

Cultura do trigo já está 6% em fase de floração



A área é de 739,4 mil hectares, que corresponde a 37% da área de plantio brasileira com o grão
A maioria das lavouras de trigo no Estado encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e alongamento do colmo) e 6% na fase de floração. De acordo com o Informativo Conjuntural (IC) da Emater/RS-Ascar, a área inicialmente estimada para o cultivo da cultura é de 739,4 mil hectares, que corresponde a 37% da área de plantio brasileira com o grão. Na próxima edição do IC serão divulgados os impactos na lavoura da geada ocorrida nesta semana. 

Já a área cultivada com canola no Estado corresponde a 92,9% da área estimada pela Conab para o Brasil (agosto/2019). A estimativa da Emater/RS-Ascar para o plantio de canola nesta safra é de 32,7 mil hectares, com rendimento médio de 1.258 quilos por hectare. Entre as lavouras do Estado, 41% delas se encontram na fase de desenvolvimento vegetativo, 22% em floração, 36% na fase de enchimento do grão e 1% maduro por colher. As regiões da Emater/RS-Ascar principais produtoras dessa oleaginosa são Santa Rosa, Ijuí, Santa Maria e Bagé.
E a área cultivada com cevada no Rio Grande do Sul corresponde a 36,6% da área estimada pela Conab para o Brasil (agosto/2019). A estimativa da Emater/RS-Ascar para a área implantada com a cultura é de 42,4 mil hectares, com rendimento médio de 2.073 quilos por hectare. Em 91% das lavouras, a fase é de desenvolvimento vegetativo e 9% delas estão em fase de floração. 
A área estimada com plantio de aveia branca para grão é de 299,86 mil hectares, com produtividade esperada de 2.006 mil hectares. A área cultivada com aveia no Estado corresponde a 78,8% da área estimada pela Conab para o Brasil (agosto/2019). No Estado, 51,7% das lavouras encontram-se na fase de desenvolvimento vegetativo, 31% em floração, 17% na fase de enchimento do grão e 0,3% maduro por colher.
Na região do Vale do Caí, foi finalizada a colheita das cultivares de bergamotas Ponkan e Pareci. Ainda resta colher a Montenegrina e o tangor Murcott, híbrido de bergamota com laranja, também conhecido por Morgote, cujo início de colheita foi registrado em São Sebastião do Caí. 
Em Ibiraiaras, no Nordeste do RS, produtores de batata continuam preparando o solo e realizando o plantio da safra de primavera. Comercialização concluída. Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, foi finalizada a entrega de sementes encomendadas. Agricultores seguem forçando a brotação para plantio. Na região Sul, a colheita foi concluída, com boa produtividade. Seguem a encomenda de tubérculos sementes e o preparo das áreas para o plantio da nova safra em setembro.
Na região Nordeste, com o plantio da cebola concluído, as lavouras estão em fase de desenvolvimento vegetativo; clima e desenvolvimento das culturas normais na semana. Na região Sul do RS, o transplante de mudas foi intenso na semana e avançou 20%, totalizando 55% da área, um pouco atrasado em razão das chuvas que acontecem semanalmente, acarretando alta umidade no solo. As lavouras apresentam bom desenvolvimento. Os produtores seguem realizando o preparo das áreas e a limpeza dos canais de dreno. 
Nas pastagens cultivadas de inverno, produtores realizam manejo do pastoreio com adequações de carga animal e subdivisões de áreas para melhor aproveitamento das forragens pelas diferentes categorias animais e para melhor padronização das pastagens. A cultura do azevém está sob os efeitos das baixas temperaturas e das chuvas excessivas, com baixo crescimento. Mas a boa umidade do solo e a tendência de aumento de luminosidade na segunda quinzena de agosto deverão melhorar o quadro em geral.
As condições climáticas deste período, com a presença do frio e das geadas, resultam em maior demanda de energia pelos animais para manutenção da temperatura corporal; isto requer ações dos produtores como adequações da carga animal, utilização de sal mineral proteinado, rações e suplementações animais para garantir a nutrição dos rebanhos. 
Na região de Erechim, as temperaturas amenas da última semana não causaram nenhuma baixa na população piscícola regional. Já na região de Passo Fundo, os frios intensos de julho provocaram morte de peixes, principalmente pela ocorrência de íctio e de doenças oportunistas associadas; essa situação pode se agravar pela baixa qualidade da água dos açudes. Também na região de Santa Rosa, os técnicos da Emater/RS-Ascar estão orientando os piscicultores a não realizarem o repovoamento dos açudes em função das condições atuais de queda de temperatura ambiental. Não há registros de mortalidade de peixes pelo frio.

RS vai inaugurar cinco agroindústrias familiares



Empreendimentos estão em Frederico Westphalen. Sarandi, São José das Missões, Rodeio Bonito, Vista Alegre e Iraí
Um roteiro organizado pela Emater/RS-Ascar neste sábado (17/08) marcará a inauguração de cinco agroindústrias familiares da região administrativa de Frederico Westphalen. Sarandi, São José das Missões, Rodeio Bonito, Vista Alegre e Iraí são os municípios onde estão localizadas agroindústrias de derivados de leite, peixe, mandioca e açúcar mascavo, que serão inauguradas neste fim de semana. 
O roteiro foi planejado em consonância com a agenda do secretário Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, e do presidente da Emater/RS, Geraldo Sandri, que estarão pela região e participarão das inaugurações das agroindústrias e de outros atos nestes municípios.
Em Sarandi, antes da inauguração da agroindústria, as autoridades estarão reunidas no Tabelionato de Notas de Sarandi para assinatura de titulação de posse de terra do Assentamento Cascata. Em seguida, às 10h, será inaugurada a Agroindústria Família Federici, de derivados de leite, localizada na Linha Estancado Baixo. 
O casal Glaucia e Jurandir Federici trabalhou por muitos anos na indústria calçadista. Em decorrência de problemas de saúde na família, o casal resolveu retornar à Sarandi e viver na propriedade que haviam adquirido. Na época, a família procurou a Emater/RS-Ascar, buscando orientação sobre atividades que seriam viáveis para a propriedade. O casal visitou inúmeros estabelecimentos e optou por investir na atividade leiteira. Com uma produção baixa ainda no início, e que não poderia ser comercializada para a indústria, a família começou a produzir queijos. O produto de qualidade teve boa aceitação dos consumidores. Por isso, a família resolveu apostar na agroindústria de derivados de leite.
Com apoio da Emater/RS-Ascar, a família deu início ao processo de legalização, desde o planejamento da estrutura, documentação e investimentos necessários. Desde então, a família tem investido cada vez mais na atividade leiteira, com a construção de uma nova sala de ordenha, irrigação para as pastagens, além da melhoria da propriedade. A família Federici é um exemplo de superação e mostrou que, mesmo diante das dificuldades, é possível prosperar.
Durante a inauguração da Agroindústria Família Federici, serão entregues certificados para outra agroindústria do município, a Agroindústria Delícias Caseiras Brandt. Ainda em Sarandi, as autoridades farão a inauguração de um poço artesiano na comunidade Beira Campo. O ato está previsto para as 11h.
O roteiro segue até o município de São José das Missões, onde será inaugurada a Agroindústria Chaves, de derivados de mandioca, localizada na Linha Sanches, interior do município. No ato será entregue o certificado de inclusão no Programa Estadual de Agroindústria Familiar (Peaf).
A Agroindústria Chaves está em funcionamento desde setembro de 2018, com total regularidade tributária, ambiental e sanitária. Atualmente, a agroindústria processa por mês cerca de dez mil Kg de mandioca, resultando na comercialização de cinco mil Kg de mandioca descascada e congelada, além da mandioca palito. Os produtos são comercializados na região, no mercado convencional e institucional. 
Na agroindústria trabalham os agricultores Ronaldo e Adenise Chaves e a filha Cassiane, além de outros familiares. A família Chaves sempre comercializou mandioca de maneira informal. Em decorrência das exigências de mercado, a família resolveu legalizar a atividade, ainda em 2017, quando procurou a Emater/RS-Ascar e obteve total apoio, desde o fomento da cultura da mandioca, nos aspectos da legalização da agroindústria, bem como nos estudos de viabilidade do empreendimento. Em 2018, a agroindústria passou a operar de maneira regular e em 2019 foi inclusa no Peaf. A expectativa da família é crescer ainda mais, buscando atender à demanda pelo produto, que tem aumentado nos últimos tempos.
A programação do roteiro será retomada à tarde, a partir das 14h, no município de Rodeio Bonito. A agroindústria Ciprandi Produtos Coloniais, que já beneficia mandioca, inaugurará o espaço onde fará o processamento de peixe. A agroindústria está localizada na Linha Santa Ana, interior de Rodeio Bonito.
A idealização da agroindústria surgiu como alternativa de geração de renda e melhoria da qualidade de vida da família, na propriedade de apenas seis hectares. A Ciprandi Produtos Coloniais está legalizada desde 2016, fazendo o processamento de mandioca. Com toda a documentação aprovada, a agroindústria passará a trabalhar também com filetagem de peixe. A agricultora Janes Jacinta Ciprandi e toda a família sempre contaram com o apoio da Emater/RS-Ascar para a realização desse sonho, presente desde a orientação, planejamento, execução do projeto e organização da comercialização.
O próximo município a ser visitado é Vista Alegre. A Agroindústria Piaia, de açúcar mascavo, localizada na Linha Piaia Centenaro Pessotto (PCP), será inaugurada a partir das 16h. 
Em meados de 2016, na propriedade do agricultor Alceu Piaia, surgiu a ideia de produzir açúcar mascavo, mas, no início, de forma artesanal, o produto era comercializado na propriedade. A partir de então, a família chegou à conclusão que seria viável investir em uma agroindústria de produtos derivados da cana-de-açúcar, como o açúcar mascavo e melado. Esse projeto foi viabilizado através de recursos do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf Mais Alimento), com o apoio técnico da Emater/RS-Ascar. A Agroindústria Piaia iniciou suas atividades na nova estrutura em outubro de 2018, com inspeção estadual, o que possibilitou a venda dos produtos para todo o Estado.
Aproveitando a visita no município de Vista Alegre, o então deputado Federal Covatti Filho, atual secretário Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, destinou recursos para o acesso asfáltico, através de emenda parlamentar.
O último destino do roteiro é o município de Iraí. Na Linha Barra Grande será inaugurada a Favaretto Agroindústria de Produtos Coloniais, de processamento de mandioca. 
O processo de legalização da agroindústria iniciou em 2015. A família, formada pelos agricultores Paulo e Inês Favaretto e o filho Rodrigo, encontrou na produção e legalização da mandioca uma oportunidade de sucessão familiar. Atualmente, o filho trabalha na cidade, mas pretende voltar a morar na propriedade e trabalhar com os pais na agroindústria. Na propriedade de apenas 7,5 hectares, a família Favaretto encontrou na agroindustrialização da mandioca uma alternativa de geração de renda e viabilização da propriedade rural

AGRO EM MOVIMENTO


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RODOVIAS QUE TRANSPORTAM A PRODUÇÃO SERÃO RESTAURADAS!!

Após reunião com o Secretário dos Transportes Sr Juvir Costella, foi anunciado os investimentos na RSC 377 no valor de R$ 3.500.000,00 para recuperação de 7 km vindo de Santa Tecla até o Capão do Cipó, asfalto novo, obras iniciam hoje dia 19/08 e no restante do trecho será efetuado operação tapa-buraco. 
Na ERS 168 o investimento será de R$ 3.000.000,00 às obras iniciam, na segunda-feira dia 26/08/2019 de Bossoroca direção a Santiago.

Cotrisel promove seminário da soja no mês de setembro de 2019

Programação Seminário da Soja 2019

Associado Cotrisel, você está convidado a participar do Seminário da Soja 2019.
Será realizado no dia 13 de setembro, a partir das 8h30, na Associação dos Funcionários da Cotrisel - São Sepé, e a entrada é franca.
 
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO:
8h30 às 9h
Credenciamento
 
9h às 10h45
Palestra: Manejo de soja para altos rendimentos – Elmar Luiz Floss | Instituto Incia
 
10h45 às 12h
Palestra: Previsões climáticas – Estael Sias | Metsul Meteorologia
 
12h às 13h30
Almoço no local do evento
 
13h30 às 15h
Palestra: Construção da sanidade em soja – Mônica Debortoli | Instituto Phytus
 
15h às 16h30
Palestra: Insetos e ácaros em soja – Mauro Tadeu Braga da Silva | MTB Consultoria
 
Apoio:
Oxiquímica | Adama | Monsanto | Nufarm | Ourofino | Sinon | Syngenta | Basf | Corteva | Piratini | Unifertil | Yara | CHS | Timac | Mosaic | UPL | Nortox

MP pede suspensão provisória de Fipronil



Órgão quer que responsáveis avaliem possibilidade de restrição do uso do defensivo
Um despacho assinado pelo promotor de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre, Alexandre Saltz, pede que a Fepam e a Secretaria da Agricultura do Estado avaliem a limitação de comercialização e aplicação do inseticida Fipronil, na versão foliar, utilizado para controle de tamanduá na soja. Análises de laboratório em amostras de abelhas mortas aponta a presença do defensivo em cerca de 35%. No começo deste ano cerca de 400 milhões de abelhas apareceram mortas em 200 colmeias do Rio Grande do Sul. O próprio Ministério Público investiga esse caso. 

O comunicado diz o seguinte: 
"Determino que sejam oficiadas à Presidência da Fepam, ao Senhor Secretário Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura e ao Senhor Secretário Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural para que, com a brevidade que o caso impõe, avaliem a possibilidade de restrição do uso do Fipronil, na modalidade foliar, no Estado do Rio Grande do Sul, através da suspensão provisória do registro do produto no Cadastro Estadual de Registro de Agrotóxicos”.

Alegrete é o primeiro município a retomar Balde Cheio no RS



Programa desenvolvido pela Embrapa desde 1998 agora é estratégia nacional para a atividade leiteira
O município de Alegrete, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, deu um passo importante rumo ao fortalecimento da sua bacia leiteira com início das atividades do Balde Cheio, programa desenvolvido há 21 anos pela Embrapa. O evento de lançamento aconteceu na sede da Acripleite (Associação dos Criadores e Produtores de Leite de Alegrete), localizada no Parque de Exposições Lauro Dornelles, e contou com a presença de representantes da Embrapa, Prefeitura local, Emater/RS-Ascar, Sicredi, Fundação Maronna, além dos produtores da Associação e do profissional que fará a instrução das atividades do Balde Cheio em Alegrete, Juliano Alarcon Fabrício.
Mesmo com produção crescente entre os anos de 2009 e 2018, culminando com um total de 13 milhões de litros de leite no último ano, é consenso no município que com alguns ajustes ou mudanças dentro da propriedade é possível aumentar e qualificar essa produção, com ganhos de conhecimento e econômicos para os produtores e para toda a cadeia produtiva do leite.
É justamente nesse sentido que caminha o Balde Cheio, mas sem apresentar um modelo pronto, levando em conta as características de cada propriedade e o perfil de cada produtor. A ideia é realizar um diagnóstico do estabelecimento rural e, a partir daí, com o acordo do técnico e do produtor, estabelecer metas e um planejamento para alcançá-las.
Estes ajustes ou mudanças vão desde a melhoria na produção de forragem para os animais até o controle zootécnico do rebanho e um melhor gerenciamento e organização da propriedade. "Nós temos exemplos de produtores que tinham renda anual de R$ 900,00 e hoje estão batendo a meta de 1 milhão de reais/ano. É claro que isso não é fácil, demanda muito trabalho, demanda tempo, mas é possível. Temos produtores que estão chegando a lugares que jamais imaginaram alcançar", destacou Fabrício.
Apesar de fundamental, o ganho econômico não é um pilar isolado para o sucesso do programa. O incentivo a qualificar a produção e a melhor gerir a propriedade também estimula o produtor e o técnico assistente. Aposentada das atividades de professora na cidade, Sandra Soares Vargas voltou para o campo com o objetivo de levar para frente o sonho que alimentou durante muito tempo, o de produzir leite, como seu pai fizera no passado. Selecionada para participar do Balde Cheio, a produtora revigora uma força de trabalho que já parece infindável. "Eu acordo às 4h da manhã e muitas vezes a rotina de trabalho vai acabar 22h, à noite. O que me anima é estar fazendo aquilo que gosto", diz.
Contemplada com a primeira visita técnica do programa ela já planeja colocar em prática todas as primeiras recomendações dadas pelos profissionais, como a de detalhar melhor algumas anotações da propriedade e a de ajustar os ciclos de alimentação dos animais, assim como deixar o acesso livre para vacas também se alimentarem durante a noite, de forma que tenham o rúmen com comida pelo menos a cada quatro horas, uma das indicações importantes para aumentar a produção.
"Vou seguir todas as recomendações técnicas. Hoje temos 54 vacas em lactação, produzindo 18,5 litros de leite ao dia. Minha meta inicial é chegar a 22 litros por vaca ao dia. O objetivo de forma geral é melhorar a produção, mas é claro que a gente pensa também em sobrar um pouco mais de lucro no final do mês", destaca.
Projeto nacional
Criado em 1998 pelo pesquisador Artur Chinelato, da Embrapa Pecuária Sudeste, o Balde Cheio é agora um projeto nacional. Conforme a pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul, Renata Suñé, uma das coordenadoras do programa no RS, a organização do trabalho em rede facilita o processo de interpretação das propriedades e aplicação local das tecnologias.
“Esse projeto está completando 21 anos, e se transformou há dois anos em um projeto nacional, em rede, o que vai nos permitir alocar de forma mais direcionada as tecnologias que já foram desenvolvidas para determinada região. Além disso, é nosso papel fazer essa articulação entre as instituições que integram o projeto e também podemos oferecer a nossa infraestrutura para treinamento, para análises, para eventos, assim como o acompanhamento geral das atividades técnicas que serão exercidas dentro da propriedade", explicou a pesquisadora.
A metodologia ao longo dos anos tem proporcionado ao produtor a evolução em termos econômicos e também nos índices técnicos. Mas não é apenas o produtor que ganha. “O que acontece é o que chamamos da política do ganha-ganha. Ganha o técnico que se qualifica, ganha a região que aumenta sua receita e aumenta o emprego, ganha o produtor, que diminui despesas e aumenta a lucratividade, etc. Esse valor de 13 milhões de litros de leite produzidos em 2018 em Alegrete representa cerca de 1 milhão de reais por mês, injetado na economia local. Então muita gente acaba andando junto nesse negócio, que ainda tem um potencial enorme de crescimento”, pontuou o analista da Embrapa Clima Temperado, Sergio Bender.  
Programa Mais Leite 4.0
O programa Balde Cheio já foi desenvolvido em Alegrete em meados dos anos 2000 e agora retorna ao município como uma das estratégias integrantes do Programa Mais Leite 4.0, que engloba uma série de atividades para incrementar a bacia leiteira alegretense.
Presente durante o lançamento do projeto, o prefeito de Alegrete, Márcio Amaral, comemorou o retorno do Balde Cheio ao município. “Estamos muito felizes com a retomada desse trabalho, que vai ajudar muito a bacia leiteira de Alegrete”, disse. Com um momento de baixo preço pago ao produtor de leite, o engenheiro agrônomo da Prefeitura, Leonardo Cera, destaca que a ação de direcionar esforços para a atividade é uma forma de manter a motivação do produtor. “Com essas ações buscamos qualificar os trabalhos dentro das propriedades, para que nenhum produtor saia da atividade”, completou.
Alegrete contará com sete Unidades Demonstrativas (UDs) do Balde Cheio, cada uma com o acompanhamento técnico de um profissional do município, além da instrução geral feita pelo engenheiro agrônomo Juliano Alarcon Fabrício e visitas técnicas da Embrapa.
Balde Cheio
O Balde Cheio é uma metodologia de transferência de tecnologia que tem o objetivo de capacitar profissionais da assistência técnica, extensão rural e pecuaristas em técnicas, práticas e processos agrícolas, zootécnicos, gerenciais e ambientais. As tecnologias são adaptadas regionalmente em propriedades que se transformam em salas de aula. Estas são monitoradas quanto aos impactos ambientais, econômicos e sociais no sistema de produção após a adoção das tecnologias.
Como participar?
Técnicos e pecuaristas interessados em participar do programa devem entrar em contato com o coordenador ou instituição responsável em sua região. Para saber mais, entre em contato por meio do SAC da Embrapa ou pelo telefone (16) 3411-5754. No Rio Grande do Sul, as Unidades Embrapa Pecuária Sul (Bagé) e Embrapa Clima Temperado (Pelotas) podem prestar informações sobre o tema, através dos contatos (53) 3240-4650 e (53) 3275-8400, respectivamente.

Dólar alto aumenta demanda por soja brasileira



Moeda dos EUA volta a operar em patamares acima dos R$ 4, fato positivo para formação de preços
Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP), os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a terça-feira (13.08) com preços médios da soja nos portos do Brasil sobre rodas para exportação avançando 0,67%, para R$ 85,16/saca no mercado spot. Com isto, os ganhos da exportação em agosto avançaram para 10,18%. 
No mercado interno os preços médios oferecidos pelas indústrias esmagadoras avançaram
0,17% para R$ 78,43/saca, elevando os ganhos do mês para 8,40%. “A forte elevação de 1,86% na cotação do dólar suplantou a queda de 1,23% na cotação da soja em Chicago, nesta quarta-feira, permitindo que os preços médios oferecidos pelas Tradings nos portos brasileiros subissem”, explica o analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Pacheco.
Na visão da Consultoria ARC Mercosul, o movimento financeiro também vem afetando o câmbio, com o Dólar voltando a operar em patamares acima dos R$ 4,00, fato positivo para a formação dos preços da soja no Brasil, que voltaram a subir nas principais praças do interior do país.
MILHO
Ainda de acordo com a ARC, mesmo com as recentes quedas robustas do milho nos Estados Unidos, as ofertas do país ainda permanecem mais caras do que o milho sul-americano, o que manterá a demanda aquecida no Brasil. “Os compromissos de exportação de milho brasileiro já somam 19,3 milhões de toneladas, contra apenas 7,1 milhões registrados no mesmo período de 2018. Diante da boa demanda, o cenário para o milho brasileiro ainda se mostra favorável para o fim de 2019”, concluem os analistas da ARC Mercosul.

Desafio de Produtividade da Soja: os segredos para alcançar melhores resultados

Foram quatro mil produtores inscritos na edição 2018/2019 do Desafio de Máxima Produtividade de Soja, iniciativa do Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB).
Ao todo, 4,14 milhões de hectares de área plantada, o que representa 11,5% das lavouras da cultura no Brasil. Cinco desses agricultores se destacaram com produtividades bem acima da média nacional. Quatro deles contaram com a assessoria direta do time de especialistas da BASF para o manejo eficiente de pragas, doenças e plantas daninhas. Maurício De Bortolli foi consagrado Campeão Nacional e Irrigado, com 123,88 sacas por hectare. Na vice-liderança Nacional e destaque Sul de Sequeiro, Rafael Tolotti, com 123,5 sacas/ha. Matheus Grossi Terceiro conquistou o título de Campeão Sudeste Sequeiro, com 110,45 sacas/ha. E João Antônio Gorgen, o título de Campeão Norte/Nordeste de Sequeiro, com 96,86 sacas/ha.
Cada um deles tem uma especificidade na condução da lavoura. Enquanto Gorgen investe pesado no manejo de solo, com rotação de cultura entre soja, milho e algodão a fim de melhorar o perfil da terra e proporcionar condições ideais para altas produtividade, Matheus Grossi tem um planejamento muito bem-feito, com tomadas de decisão pontuais na parte de fertilidade e de manejo fitossanitário. Rafael Tolotti acredita que para atingir a meta é preciso ter ajuste fino em todos os fatores da cultura, começando por uma correta distribuição espacial de plantas. Já Maurício De Bortolli procura conhecer bem o ambiente que explora e quais são as pragas e doenças que desafiam suas lavouras, para ter condições de escolher as melhores ferramentas. Em comum, eles têm à disposição as soluções da BASF em todas as fases da cultura.
“Com o apoio da empresa na tomada de decisão para o controle sanitário, utilizamos os produtos corretos, na hora certa, para alcançarmos o melhor vigor da lavoura”, comenta Tolotti, fazendo referência à recomendação da BASF para o manejo de pragas, doenças e plantas daninhas. Entre as orientações estão a escolha de sementes de procedência e certificadas; a realização do plantio em clima favorável e respeitando o ciclo da variedade; a garantia de qualidade das aplicações de defensivos, utilizando equipamentos conservados, dosagem correta com taxa de pulverização adequada ao estágio da planta; a rotação de agroquímicos com diferentes modos de ação; e a adoção de uma estratégia de monitoramento constante das lavouras.
“O manejo correto facilita, por exemplo, o controle de doenças como a ferrugem asiática, uma das principais barreiras para o alcance de altas produtividades de soja”, ressalta Hélio Cabral, gerente de Marketing Soja da BASF.
A aplicação preventiva de fungicidas é uma das estratégias da empresa para evitar grande incidência da ferrugem, por isso nesta safra a recomendação de aplicação dos produtos Ativum®, Versatilis® e Orkestra® SC foi importante no manejo feito pelos agricultores campeões de produtividade. Associado a isso, o tratamento de sementes com Standak® Top é mais uma referência utilizada há alguns anos pelos vencedores do Desafio do CESB. A solução protege o potencial genético das sementes de soja fazendo com que atinjam altas produtividades. Por conter em sua formulação inseticida e fungicidas, ele blinda as sementes contra o ataque de pragas e doenças de solo que interferem no processo de germinação e de desenvolvimento das plantas.
“A premiação do CESB é uma referência para o mercado de soja. Para a BASF, é o reconhecimento da consistência do nosso portfólio e do trabalho feito em prol da sojicultura brasileira. Cada vencedor deixa um legado de boas práticas da lavoura e a empresa atua junto a eles nessa construção”, finaliza o gerente de Marketing Soja da BASF.

MERCADO DA CARNE DE CORDEIRO EM ALTA EM QUASE TODOS OS ESTADOS ANALISADOS PELO CEPEA


Veja as análises do mercado do cordeiro em julho e as perspectivas futuras 

Cepea/Esalq

Em julho, os preços pagos pelo cordeiro vivo e pela carcaça tiveram movimentos distintos dentre os estados acompanhados pelo Cepea.
Para a maior parte dos produtores, o período de entressafra e a consequentemente menor oferta de animais em peso ideal para abate sustentaram e até mesmo impulsionaram as cotações ao longo do mês.
Quanto à carne, a alta nos preços foi mais limitada, devido ao baixo poder aquisitivo da população brasileira.
No Ceará, a valorização do cordeiro vivo de junho para julho foi de 14% – a mais intensa dentre os estados analisados –, com média de R$ 5,95/kg no último mês. No Paraná, a alta chegou a 8% no mesmo comparativo, a R$ 8,80/kg em julho. Apenas no Rio Grande do Sul que o movimento dos preços foi de baixa (2%), com negócios a R$ 7,63/kg.
Ainda no comparativo entre junho e julho, as cotações da carcaça recuaram 10% na Bahia e 5% em Mato Grosso, a R$ 13,00/kg e a R$ 19,00/kg, respectivamente. Ao contrário do observado para o animal, no Rio Grande do Sul foi observada a valorização da carne mais expressiva, de 6%, com a média a R$ 19,00/kg no último mês.
Segundo agentes consultados pelo Cepea, a expectativa é de que a liquidez do cordeiro vivo aumente nos próximos meses, uma vez que os frigoríficos começam as programações de abates visando o atendimento da demanda típica das festas de final de ano. Além disso, no Ceará, há a expectativa de que as vendas da carne sejam impulsionadas pelo turismo local, que se intensifica no correr do segundo semestre.
Veja também a comparação entre os preços dos insumos nesse período.

Extração e exportação de nutrientes pela soja e milho

 Postado por AgroFert
A busca por altas produtividades é um importante objetivo  perseguido por muitos produtores rurais em todo Brasil. Ano após ano, com a elevação dos custos de produção no campo, produzir mais na mesma área cultivada se faz necessário para tornar lucrativa a atividade no meio rural.
Existem 52 fatores que interferem na produção agrícola e que influenciam na produtividade das lavouras (Tisdale et al, 1985). A nutrição de plantas é um dos principais limitantes nessa busca por altas produtividades.  Por isso, é necessário entender a expectativa de rendimento de cada cultura, a quantidade de nutrientes exigidos por ela, bem como os teores presentes no solo, para se fazer um bom planejamento da adubação.
Uma maneira de se recomendar uma adubação mais eficiente é através do conhecimento da extração e exportação de nutrientes pelas plantas pois, cada cultura demanda determinadas quantidades de macronutrientes (N, P, K, Ca, Mg e S) e micronutrientes (B, Co, Cu, Fe, Mn, Mo e Zn) durante seu ciclo.
A extração representa a quantidade total de nutrientes que a planta precisa absorver do solo pelas raízes para produzir uma tonelada do produto agrícola,  como por exemplo a cultura da soja, para a produção de uma tonelada de grãos.
Enquanto a exportação, é o percentual de nutrientes extraídos os quais são efetivamente direcionados para os grãos e levados para fora do ambiente de produção pelas colheitas.
A diferença entre os nutrientes extraídos e exportados é o índice de colheita, expressa em porcentagem (%), mostrando o quanto de nutrientes são reciclados no sistema de produção pelos restos vegetais.
A tabela abaixo apresenta a quantidade de nutrientes extraídos e exportados pelas culturas da soja e milho de segunda safra para produtividades esperadas de 60 e 120 sc/ha respectivamente, bem como os índices de colheita para cada nutriente.
Com base na tabela acima, podemos observar que as culturas  possuem demandas diferentes para cada nutriente, conforme o rendimento esperado de grãos, e que determinados nutrientes são mais exportados pela colheita com destaque para nitrogênio, fósforo, enxofre, cobre, zinco e molibdênio na soja e nitrogênio, fósforo, enxofre, zinco e molibdênio para o milho de segunda safra.
Para dimensionar a adubação de forma mais acertiva, é necessário conhecer a disponibilidade dos nutrientes no solo, através da análise química de terra e determinar se a adubação será:
  • Corretiva, quando os nutrientes estão presentes em níveis muito baixos, baixos e médios visando principalmente o solo;
  • Manutenção, quando os nutrientes apresentam-se acima do nível crítico (limite superior da faixa intermediária de teores) a altos visando o solo e principalmente a planta, ou
  • Reposição de nutrientes exportados, quando os teores no solo estiverem muito altos, visando basicamente a demanda exportada pela planta.
A partir do momento em que a fertilidade esteja construída, a adubação pode ser realizada de forma a manter os níveis dos nutrientes no solo, objetivando a reposição de quantidades exportadas pelas colheitas.
A adequação de manejo e a escolha do fertilizante ideal para a adubação devem levar em consideração o cruzamento das informações sobre a disponibilidade de nutrientes no solo com a necessidade nutricional de cada cultura (extração e exportação de nutrientes), influenciado pelo  fator de eficiência do fertilizante, para melhor definição da época, modo, fórmula e dose a ser aplicada em cada cultura, a fim de atingir elevados rendimentos, com viabilidade econômica e sustentabilidade ambiental.
 
Renan Vidal
Eng. Agrônomo.